Prof. José Ricardo Rocha Bandeira
A cada dia, nos grandes centros comerciais de nosso país, vem aumentado o índice de clonagem de cartões de crédito, tornando a vida do usuário cada vez mais difícil, pois ao efetuar uma compra no comércio você pode estar sendo vitima das quadrilhas que agem impunemente em nossas cidades.
Tentando evitar fraudes e conseqüentemente prejuízos para os estabelecimentos comerciais e seus clientes, as principais operadoras de cartões do mundo têm investido milhões de dólares anualmente em sistemas antifraudes, e recentemente já podemos ver cartões de credito com chip que obrigam o usuário a digitar uma senha no momento de efetivação da compra.
Porém os estelionatários profissionais também tem se aperfeiçoado em relação às novas tecnologias anti fraudes, sempre desenvolvendo meios que possibilitem a clonagem de cartões de créditos, lesando vítimas e implantando uma relação de desconfiança no comércio.
Os estelionatários também contam na maioria das vezes com a cumplicidade e ajuda de funcionários, gerentes e até proprietários desonestos de estabelecimentos comerciais que permitem a colocação de máquinas capazes de copiar as informações referentes ao cartão que está sendo usado, vendendo depois estas informações para as quadrilhas especializadas em clonagem de cartões.
Mas como ocorre a clonagem? A clonagem ocorre através do uso de um aparelho chamado skimer ou popularmente conhecido como “ratinho”, que se constitui em um tipo de leitora magnética portátil capaz de capturar as informações contidas na tarja magnética dos cartões de créditos, e pode estar disfarçado em forma de telefone celular, calculadora ou agenda eletrônica.
Após a captura da informação do cartão de crédito, as quadrilhas gravam um novo cartão com os dados da vítima e o vendem para que terceiros o utilizem na praça.
Este tipo de golpe ocorre no momento em que a vítima entrega o seu cartão ao funcionário do estabelecimento para pagar a conta, normalmente a clonagem é efetuada entre o percurso do local onde o cliente está, até o local de pagamento, bastando para isso o golpista passar levemente o cartão da vitima em um aparelho que possui uma espécie de trilho para o cartão deslizar semelhante aos encontrados nas máquinas de caixa eletrônico.
O aparelho também pode ficar escondido em baixo da mesa ou balcão do caixa que passa o cartão da vítima, se aproveitando de algum momento de distração da mesma.
Outro tipo de golpe com cartões de crédito muito normal em estabelecimentos de pequeno e médio porte é o roubo de carbono, geralmente esta fraude ocorre quando há descuido por parte do comprador ou má fé do funcionário da loja, que não destroem o papel carbono utilizados nas compras com cartão em máquina manuais offline vulgarmente conhecidas como “Reco Reco”.
Existem estelionatários especializados em revirar lixos de hotéis, restaurantes e lojas para capturar estes carbonos visando aproveitar as informações neles contidas.
Após o roubo dos carbonos com a numeração do cartão, eles são utilizados normalmente em compras por telefone ou Internet onde não existe a necessidade de apresentação do cartão.
Como se proteger da clonagem de cartão:
1. Nunca deixe que o cartão saia de seu campo de visão;
2. Evite fazer compras pela Internet;
3. Consulte diariamente o saldo de seu cartão;
4. Destrua (incinere) e jogue fora o carbono das compras;
5. Procure freqüentar sempre estabelecimentos conhecidos;
6. Em caso de dúvidas avise a sua administradora de cartões;
7. Se necessário, chame a polícia sempre que desconfiar de algo.
Ao implementar estas medidas o usuário de cartões estará colaborando com as administradoras de cartão e também com os órgãos policiais na difícil missão de coibir este tipo de crime, além de se prevenir de possíveis golpes.
Prof. José Ricardo Rocha Bandeira
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Diretor do Núcleo de Estudos Avançados em Prevenção de Perdas do Conselho Nacional de Peritos Judiciais da República Federativa do Brasil
Auditor de Prevenção de Perdas e Perito Judicial
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